terça-feira, 22 de abril de 2014

Sujeito;

E hoje quando acordei, olhei-me no espelho
Vi um sujeito despenteado, mal humorado
Encarava-me a fuça
Com uma sobrancelha erguida,
Analisava-me o rosto, o corpo, a alma

Olhei naqueles olhos castanhos escuros,
Com pupilas dilatadas
Ele olhou em meus olhos castanhos escuros
Com pupilas dilatadas

Em um momento pensei,
Este sujeito é quem?
Com um sorriso de canto, debochado
Fitou-me e disse:
- Oras não me reconhece? Sou aquele que habitas em ti, Doce menina.
Minha expressão que antes era seria,
Foi preenchida com um sorriso irônico, contudo feliz.
Ali dentro que era angustia e dor,
Foi preenchido com a felicidade, amor e luz.
- Oras meu caro jovem. Tu ainda vives?
Com o mesmo sorriso sarcástico, respondeu-me:
- Sempre vivi e viverei em ti, minha nobre criança. Pois você se deu a mim e eu dei-me a ti.
Sorri, e ele continuou:
- Porém, tive que me mostrar hoje, você precisa ir atrás daquilo que desejas. Vá à luta minha menina, que tudo que tu quiseres a de ser seu. Acorda e luta.

Uma lagrima escorreu pelo olho castanho,
Já não sabia antes quem eu era,
E ele quebrando barreiras veio até a mim e lembrou-me.
O sujeito sumiu do espelho,
No meio de pensamentos agradeci,
Sei que pode me ouvir,
Obrigada por não desistir de mim,
Seguirei o caminho, pois eu sou você e você é eu.
Onde era oco, foi preenchido com a fé,
A fé que me salvou e é pela fé que eu irei.
Eu fui, eu sou e eu sempre serei,
Um Anjo Caído.

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