segunda-feira, 27 de novembro de 2017

...




No lençol azul escuro
Brilha
Uma faísca
Uma lembrança dos teus olhos
Uma vez em conversa com as estrelas
Me vi sonhando por algo
Um amor tão velho quanto elas
Em um corte pelo céu
Pedi a Candente algo do qual
Meu coração pudesse transbordar
Tão fiel em cumprir
Clareou meus olhos
Com um sorriso estrondeante
Cheirando a madeira
Revestido de outono
Com tuas folhas voando ao vendo
Tirou-me para bailar
Em palavras doces, toques elétricos, silêncios carregados de promessas
Algo lá dentro do peito, se fez tremer
O vulcão entrou em erupção
Transbordou  
Deixando assim
A calamidade por toda parte
O sentimento de pertencimento
A aquele sentimento
Desfez
A outra estação logo vem
As folhas caem
As árvores secas
O último toque
O vento sobre minha pele me à carência
Arde em cada palavra dura moldada em veludo
Não podemos dar o luxo de ter algo
Palpável como a estação que vem
Com promessas e sabor de saudade
Já não vejo as cores douras que me cercava 

teu silencio;



Teu silêncio me machuca
Nas pontas soltas tento encontrar
A esperança de algo
Que se perdeu no tempo
Com palavras encantadas
Deixando ainda mais o coração aflito
Um hora diz na outra contradiz
Pontas soltas, me agarro a elas
Para entender esse quebra-cabeça
Que é você
Teu silêncio me agride

Vidros quebrados
São palavras ferozes fantasiadas por flores
Perfuram minha carne
É uma sensação reconfortante
Que me traz memórias de toques  
Finjo que não me importo
Finjo que está tudo bem
Finjo que não te quero, meu bem
Mas de tanto tentar fingir
Acabo por denunciar
Todo meu querer por você




domingo, 26 de novembro de 2017

eu sou





Eu sou a boca que saliva com teu beijo
A marca do tapa que arde na pele
Os pelos que arrepiam sobre o seu toque
Eu sou aquela que sente prazer ao te ter
E goza ao te pertencer
O corpo que treme colado ao teu
Eu sou o seu prazer

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

o amor 
é como vidro 
entrando na pele
doí....
mas o pulsar do sangue
a sua cor intensa
o cheiro doce
a pele ardendo
te faz se sentir 
Vivo 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

eu sou aquele vilarejo



- Porque você se perde?
- Porque você lida com catástrofe ?
você é um vilarejo tranquilo 
este vilarejo foi construido em um vale
onde há uma montanha serena
porém, nessa montanha há um vulcão 
em determinadas madrugadas quando há muitos sentimentos, emoções e sentidos
esse vulcão entra em erupção
o teu peito transborda 

nunca se sabe quando ele entrará em erupção 
pois, isso determinaria quando você iria sentir
o vilarejo fica em estado de calamidade
não é mais o caos
porque o caos já passou
agora é calamidade
lidar com o resto que restou

terça-feira, 7 de novembro de 2017




não me  venha com palavras carregadas de mel
aquilo que havia no meio
que batia referente a você já não existe

você não faz mais moradia nesse lar
em curtos minutos
uma lembrança sua vem

e em um ato de sobrevivência
dizimo de mim
na esperando de não haver
mais nada que me ligue a você


....



desde o momento que te vi
já sabia que iria te sonhar
e como se estivesse previsto
todo esse querer
esse sofrer
por algo que não se pode ter
o encontro explosivo
meu corpo formiga só de lembrar
do primeiro sorriso que me deu
do primeiro olhar que brilhou
já te fantasiei em minha mente
mal sabia eu que iria ser assim
um amor impossível de se ter