A criança que se contentava com pouco, foi crescendo em
teu mundo
Mundo grandioso, fantasioso, acolhedor
Ao mesmo tempo mundo que era oprimido
Pessoas tentavam entrar, penetrar aquela membrana que
separava
Os mundos!
Ah! Como era feliz aquela menina
De baixo daquela cascata de molas, ria da vida
Mas se enganava quem achava que ela brincava sozinha
Nem consigo imaginar, com quem ela tanto brincava e
sorria
Sorrisos dos frouxos, largos e encantadores
Aquela menina viajava para tantos mundos
Sabia de coisas inexplicáveis e inimagináveis
Tinha cada ideia mirabolante que até assustava
Pregava sobre o universo, o mundo, o espaço e o cosmo
Não sabia o nome de tudo, mas sabia a definição de tudo
Do todo.
Quando algum ser humano em vida se aproximava
A menina ficava acanhada, meio desajeitada
Não gostava de como eles agiam, tudo em uma mesma linha
Ficava observando, quando eles ficavam aglomerados em um
mesmo canto
Não entendia muito bem, o motivo pelo qual eles ainda
existiam
Mas sabia que no fundo algum dia ela iria ter que saber
lidar com eles
Saber conviver com eles e enfim, aceita-los como irmãos
- Não gosto dessa raça, eles fedem e são imperfeitos.
Dizia aquela cabeluda cheia de si