quarta-feira, 30 de abril de 2014

Coração Tartaruga Dois;

O meu coração de tartaruga
Vai te amando na velocidade da lua
Se transformando
E renovando o amor
Que há em mim
Há em ti
Há em nós
O mundo é pra nós
Amor, não se zanga tanto assim
Sou tua, nua e crua
Na tua.
Desfaço-me toda só para ti agradar
Para adaptar-me em ti
Fazendo assim, o nosso amor sem fim
Será eterno enquanto o cosmo existir
Amor ouça as vozes dizendo
O amor que transforma o mundo é todo nosso
Não há pecado, não há dó, não há preconceito
Há benção, há felicidade, há luz, há paz
Há apenas Amor,
Amor, nesse meu pequeno coração de tartaruga. 


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Linha;

As grades do sistema me têm
Detém-me...
Lá de dentro, o meu lamento é estrondoso
Aqui fora, ninguém me ouve

O mundo me ignora
Peço socorro, o mundo não me ouve

O universo aflora
A flor murcha e a esperança ressurgem
Indivíduos alinham-se, agitam-se
Andam em círculos, só com cabeças
Pensamentos mortos...

Há uma flor murcha em cada pé
Falecidos estão, mortos vivos

O eu de cada dia, que morre a cada hora
Que a minha fé o tenha

Aqui, desse lado da grade
Vejo-os como são
Alienados em uma linha torta
Alienados em linha reta, iguais
Se comportando como animais
Dizem que são racionais
Não vejo isso nesses animais

O mundo é composto por eles
E eles deixam-se ser dominados
Uns pelos outros, aonde foi para isso?

Reza a lenda que Eras eles passaram
Talvez essa seja uma Era
A Era da alienação

Corvos anunciam,
É chegada à hora, é chegada à hora do início do fim.

E perguntam:
- E ai, alienado, de qual lado tu estarás? Na linha reta ou na torta? 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sujeito;

E hoje quando acordei, olhei-me no espelho
Vi um sujeito despenteado, mal humorado
Encarava-me a fuça
Com uma sobrancelha erguida,
Analisava-me o rosto, o corpo, a alma

Olhei naqueles olhos castanhos escuros,
Com pupilas dilatadas
Ele olhou em meus olhos castanhos escuros
Com pupilas dilatadas

Em um momento pensei,
Este sujeito é quem?
Com um sorriso de canto, debochado
Fitou-me e disse:
- Oras não me reconhece? Sou aquele que habitas em ti, Doce menina.
Minha expressão que antes era seria,
Foi preenchida com um sorriso irônico, contudo feliz.
Ali dentro que era angustia e dor,
Foi preenchido com a felicidade, amor e luz.
- Oras meu caro jovem. Tu ainda vives?
Com o mesmo sorriso sarcástico, respondeu-me:
- Sempre vivi e viverei em ti, minha nobre criança. Pois você se deu a mim e eu dei-me a ti.
Sorri, e ele continuou:
- Porém, tive que me mostrar hoje, você precisa ir atrás daquilo que desejas. Vá à luta minha menina, que tudo que tu quiseres a de ser seu. Acorda e luta.

Uma lagrima escorreu pelo olho castanho,
Já não sabia antes quem eu era,
E ele quebrando barreiras veio até a mim e lembrou-me.
O sujeito sumiu do espelho,
No meio de pensamentos agradeci,
Sei que pode me ouvir,
Obrigada por não desistir de mim,
Seguirei o caminho, pois eu sou você e você é eu.
Onde era oco, foi preenchido com a fé,
A fé que me salvou e é pela fé que eu irei.
Eu fui, eu sou e eu sempre serei,
Um Anjo Caído.

Preço;

Nada é tudo
E o mundo se tornou um tudo
Um tolo, uma tola é isso que me tornei

Desde que dei minha cara pra bater
Tudo que apareceu,
Desapareceu com o meu ser
A grade do sistema me tem
Prende aquele alguém
                 Que um dia eu fui,                
Que sou e que serei

Quem sabe qualquer dia
O universo conspira ao meu favor
E eu seja liberta dessa dor

O ter se sobre sai do ser
Tudo é vendido
Tudo tem preço
Tudo é valido

Qual é o seu preço?
Sua alma está à venda?
Pra quem você venderá sua cabeça?
Qual é o preço do teu corpo?
Tua carne tem preço?
Já vendeu teus desejos?
Qual é o preço da tua beleza?

Até quando a validade irá  
Ser cobrada, ser exigida, ser do ter

Minutos se passam
Cada hora marcada
É um marco no tempo
Na carne, na alma

O tempo tem preço
O preço que paga é o individuo
Com teu próprio tempo

Pago o tempo com a minha vida, 
Pago a minha vida com a minha alma.

Qual é o valor do seu tempo?
O tempo é tudo

E tudo é nada. 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Seu Sorriso;

Já te disse o quanto teu sorriso é belo?
O quanto ele diz de ti?
O quanto ele condiz com a minha cara boba?
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade intensa
Dolorosa e prazerosa
 
O mundo parece girar em torno de ti
Quando tu alinha os lábios, em um perfeito sorriso
Ou quando sorri, de modo acanhado, desavergonhado
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade de
Lançar-me em teus braços, sem paraquedas
 
Seria pecado, um ato apaixonado do meio do mundo?
É errado o que sinto?
É excitação, não minto, sinto, gosto e aprovo.
 
Não sei o que há em ti
Desperta em mim uma vontade imensa
De entrega-me sem aviso e nem data marcada
 
Desculpa-me, mas sou viciada em sorrisos
Não minto, mas o seu pegou-me, laçou-me e não quer me soltar
Hipnotiza é como estou
Virei uma dependente do teu sorriso,
Amor.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Descobrir;

Em ti descobri o verbo amar,
Amei, amo e amarei você
O amar dá dor, o amar do simples amor

Em ti descobri o meu inicio,
Há um pedaço de mim em ti,
Há um eu sem fim, um eu em ti  

Em ti, descobri uma razão de existir,
De resistir à vida
Lutar diariamente com os leões

Em ti descobri a pessoa certa pra ter filhos,
Um lar, cachorro, peixes e um mar de aconchego
Passear no parque, deitar na rede, viajar

Em ti descobri a batata frita do meu strogonoff
O limão da minha coca-cola, a verdura do meu almoço
A vitamina no café da manhã, meu açaí da tarde

Em ti descobri a dependência
Teu amor virou a base da minha coragem

Em ti descobri um mundo colorido,
Onde não há o que temer,
E que tudo pode acontecer.

Pequena minha,
Agradeço todo dia,

Por ter encontrado você.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Amor;

Amor,
Desde que você chegou
O meu mundo mudou de cor
Segui o arco-íris
E no fim, tu estavas lá
Pronta para receber-me 
Dar-se para mim
Meu tesouro,
Em fim, encontrei você
Agora meu mundo tem as tuas cores.

Amor,
Desde que fiz de ti
Minha moradia,
Meu dia-a-dia tem sido só alegria
Tu fazes de cada dia,
Ser algo encantador,
Apaixonada é como estou,
Não existe mais essa monotonia
Só existe você, eu e nosso amor.

Amor,
Desde que olhei em teus olhos,
Descobrir o Amor verdadeiro,
Aquele do qual os poetas tanto se queixam
Agora sei o significado do clichê
A pureza do viver
Que está presente em cada gesto demonstrado
Tu me alimentas todo dia
Com esse amor puro, seguro e gostoso
Na escuridão dos teus olhos,
Encontrei um motivo para viver

Amor,
Desde que nós amamos
Nós tornamos uma
Nós juntamos
E fizemos um nó
De nós duas

Quarta-feira;

Esqueci de ti falar
Que senti sua falta na quarta
A sala ficou sem graça
E ao meu lado não havia alegria
Daquele sorriso fácil
Da gargalhada engraçada que você dá
Que é tão gostosa de escutar

A feira ficou vazia
Teu carro não estava estacionado
Não queria demonstrar
Mas estava com semblante chateado
Encontrava-me triste 

Só algo poderia me fazer feliz naquela quarta-feira sem graça
Era teu olhar faceiro
E teu sorriso festeiro,
Que me acolhe com tanta ternura