quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Sem titulo;



Entre o espaço de um pensamento e outro 
Vem a calma do silêncio 
Não demora muito 
E já o perco
Assim como te perdi
Escorregando entre meus dedos 
E em cada ponto de um delírio que tenho 
Você é meu extremo 
Onde posso sentir você ofegando 
E me pedindo para ficar 
Te degusto aos poucos
Belisco e logo mais, devoro 
Nesse labirinto
Que não me mostra a saída 
Cada parte fragmentada de minha mente 
Torna-se pesada demais 
Teu nome se fixa, tornando-se meu objeto de prazer 
Minha neurose aumenta, 
E já nem sei se quero sair 
Dessa esquizo-paranoide
De poder sempre te ter ao meu lado 
Você é real? Ou é só mais um personagem de minhas alucinações que a psique inventou?
Para preencher meu vazio, te aproximo cada vez mais do meu intimo 
Esse meu altar particular
Você ocupa um dos principais lugares
Perceba, meu bem 
Eu preciso de você, para ser meu perverso 
Você precisa de mim, para ser a sua neurótica
Mas por favor não me iluda 
Dizendo que é real.


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