sexta-feira, 27 de abril de 2018

Eu sou...


Eu sou a Sobrevivência,

Sempre acho que é meu último suspiro e me agarro a uma nova possibilidade. Corro, para não ser engolida pelo tempo. Sou flexível, pois é preciso ser para viver. Acredito que tudo vale para se manter vivo. Como rápido e o essencial, não sei se terei algo para comer daqui a alguns minutos. A arritmia ataca, respiro e aprecio o ar. Resisto em mil pedaços, tento o máximo não os deixar cair. Há vários buracos que saem fluidos da minha energia vital, mas permaneço em pé. Em cada gota de água que bebo, é como se fosse o último. Sou aquela que não dá o braço a torcer, enfrento com unhas e dentes pelo último suspiro, com a esperança que após esse terá outro e mais outro. Como navalha passando sobre a pele, é o dia amanhecendo para mim. Cada dia é um novo obstáculo, algo que eu preciso passar. Ando de vagar, preciso saber onde piso para não desperdiçar o tempo, aliás, esse já se tornou um grande aliado ou o tão temido deus, que coloca medo e pressão. Tento não ficar apavorada com a pressão, preciso respirar, preciso andar.... Necessito me manter viva e persistir em existir.

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